A startup de $100 - Resenha crítica - Chris Guillebeau
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A startup de $100 - resenha crítica

A startup de $100 Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Carreira & Negócios

Este microbook é uma resenha crítica da obra: The $100 startup: reinvent the way you make a living, do what you love, and create a new future

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-85-0219-752-7

Editora: Benvirá

Resenha crítica

Um novo mundo

Seja muito bem-vindo ao estranho novo mundo do microempreendedorismo. Aqui, é preciso atuar independentemente de boa parte de outros negócios mais conhecidos. Nesse campo, há blogueiros indianos ganhando 200 mil dólares por ano, editores itinerantes atuando de Buenos Aires a Bangcoc e empresas de uma pessoa só lançando produtos e gerando milhares de dólares em um único dia.

Diariamente, gerentes de banco ficam nervosos ao fechar contas bancárias sem saber o que está acontecendo nesta verdadeira revolução das startups promissoras. É estranho perceber como neste meio há muitos negócios prosperando e dando coisas de graça, recrutando, atraindo uma legião de fãs e seguidores dispostos a pagar o preço que for quando produtos ou serviços forem finalmente oferecidos. 

No mundo da tecnologia, há quem possua planos de marketing fundamentados nessas doações estratégicas, usando como principal iniciativa a capacitação de pessoas e levando conteúdo de qualidade para pessoas de diversos países. Quantas vezes você não viu a divulgação de sessões de treinamento, algumas até fornecendo os materiais gratuitamente e respondendo dúvidas sobre as aulas sem nenhum tipo de cobrança? 

O mais curioso é notar que, em alguns aspectos, esses novos empreendedores, aparentemente rebeldes, não apresentam novidades ao atuar de maneira mais arrojada e visando ao futuro. 

Micronegócios, normalmente operados por apenas uma pessoa, existem desde os primórdios do comércio. Se há muitos e muitos anos os comerciantes percorriam as ruas de Atenas e Roma apregoando suas mercadorias, as abordagens não convencionais ao marketing e às relações públicas existem há tempos, mas foram sofisticadas com o advento da internet e da comunicação instantânea. 

Hoje, por exemplo, o mundo virtual replica a prática das bandas de rock que se comunicavam diretamente com os fãs, evitando ao máximo a estrutura tradicional das gravadoras. Nos micronegócios, a criação de comunidades leva a um papo direto com os clientes, causando aproximação, confiança e uma autoridade que se converte em crescimento e faturamento. 

Dê o peixe

Existe uma frase clássica e que nunca perde atualidade: pesque um peixe e você pode vendê-lo a um homem, ensine um homem a pescar e você arruinará uma maravilhosa oportunidade de negócios.

Imagine a seguinte situação: sexta-feira à noite, você vai jantar em um bom restaurante. A semana de trabalho foi dura, um momento de lazer é merecido. Ao beber uma taça de vinho para relaxar, o garçom se aproxima para informar sobre o prato do dia. No cardápio, um risoto de salmão parece delicioso e você aceita a sugestão. Ao anotar seu pedido, o profissional se afasta enquanto você segue conversando e degustando um bom drinque. 

Depois de algum tempo, o chef se aproxima da sua mesa, pergunta se você pediu o risoto e após sua confirmação vai até à cozinha, pedindo que você o ajude na preparação do prato. Se quisesse fazer seu prato, cozinharia em casa, não é mesmo? Você não foi ao restaurante para cozinhar, mas para descontrair e ser servido, certo?

Muitos negócios atuam baseados na ideia de ter os clientes indo à cozinha preparar o próprio jantar. É preciso dar às pessoas o que elas realmente querem. Há proprietários dedicando boa parte de seu tempo a envolver o público nos bastidores do trabalho. 

Isso é culpa da frase sobre o peixe aplicada de maneira incorreta. Quando mal interpretada, pode causar prejuízos incalculáveis e comprometer a imagem de sua companhia. Dê o peixe e fature mais. 

Siga sua paixão

Quantas vezes você não se deparou com histórias de sucesso, com gente trabalhando naquilo que ama e, ainda, ganhando uma fortuna? Como elas conseguem? De que maneira é possível rentabilizar nosso propósito de vida?

Primeiramente, é preciso seguir duas regras básicas. A primeira é escolher algo específico, nada genérico. Não seja um consultor de negócios ou orientador motivacional, é preciso detalhar minuciosamente o que pode fazer pelos seus clientes. 

O segundo passo é entender que ninguém valoriza um consultor barato. Por isso, deve-se cobrar um preço razoável pelos serviços prestados. Considerando que a metodologia de startups de sucesso não envolve as tradicionais 40 horas de trabalho semanais, é preciso fazer a conta de um valor compatível com seu estilo de vida e o benefício proporcionado por seu trabalho. 

Para abrir as portas do negócio, coloque no papel sua forma de atuação. É preciso deixar claro em que ajudará os clientes. Ao ser contratado, deixe claro o que eles receberão como benefício essencial e secundário. Também inclua quanto cobrará por hora de trabalho, além de uma taxa fixa pelo serviço prestado, como um preço justo tanto para os contratantes quanto para você. 

É preciso também criar um site com tudo de bom que é oferecido à clientela e o que lhe qualifica a proporcionar isso. Lembre-se: qualificações podem não ter nada a ver com formação ou certificações. Deixe em seu portal ao menos duas histórias de sucesso com depoimentos de pessoas ajudadas por você. 

Também é necessário ter em mente de que maneira irá atrair mais pessoas para conhecer seu negócio. Propaganda boca a boca, Google, blogs, distribuindo folhetos em uma esquina? Com tudo isso bem claro, você abre as portas de seu negócio e começa um novo estilo de vida, mais saudável e rentável. 

Mostre o dinheiro

Passamos da metade deste microbook. Muita gente acredita que determinados tipos de negócios são mais fáceis de abrir com um investimento inicial. Na maioria dos casos, isso é verdade. 

Mas também é fato que começar um micronegócio é muito mais simples do que imaginamos. E, mesmo assim, poucos se aventuram a começar pequeno e talvez até continuar pequeno, o que pode ser melhor em diversos casos. 

E se mesmo assim você decidir que precisa de capital inicial, a melhor opção é sempre usar as próprias economias. Dessa forma, seu interesse pelo sucesso do projeto cresce e não haverá a dependência de mais ninguém. 

Evidentemente, nem sempre isso é possível. Uma boa alternativa é o financiamento coletivo. Na internet, já existem sites especializados na prática. Você coloca um valor como meta, se apresenta em vídeo explicando a proposta e consegue chegar lá alcançando o público desejado. 

O financiamento coletivo também proporciona uma divulgação natural para quem se interessa de verdade naquilo que você oferece. Dá para ganhar um bom dinheiro e fazê-lo multiplicar, dando fôlego para o projeto começar ainda mais promissor. Assim, o sonho vira realidade com você colocando a mão na massa e se apresentando ao mundo. 

Tem jeito melhor de dar início à realização profissional?

Pensamento em longo prazo

Há empreendedores que tendem a se arriscar mais, avançando aos trancos e barrancos sem se preocupar muito com detalhes como carreira ou finanças. Outros preferem desenvolver um negócio com ponderação, dando um passo após o outro. Este segundo grupo é maioria. 

Muita gente pensa, de maneira equivocada, que quem decide abrir o próprio negócio sempre tem um perfil mais agressivo, hiperativo e disposto a correr altos riscos. Na verdade, pouca gente aposta todas as fichas no sucesso ou fracasso de um projeto. Os empreendedores não são necessariamente propensos a se arriscarem, apenas veem risco e segurança de uma perspectiva diferente das outras pessoas. 

Por isso, é importante entender qual o seu perfil para trabalhar a longo prazo em busca de resultados crescentes. Afinal, ninguém nasce empreendedor. E a escolha por permanecer pequeno por toda a vida está longe de ser equivocada, embora muito se fale apenas em expansão, sem levar em conta a viabilidade desse projeto. 

Inúmeros microempreendimentos permanecem com o mesmo público-alvo, do mesmo tamanho, com o mesmo faturamento por anos e anos. Sinal de fracasso? Nada disso. Para alguns segmentos, o entendimento de se manter com o mesmo padrão por anos indica expertise, confiança do público e estabilidade.  

E se não der certo?

Quando ouvimos histórias de empreendedores de sucesso, quase sempre há um grande fracasso antecedendo seu maior feito. Em muitos casos, o lançamento de um produto não deu certo, houve uma parceria equivocada ou se perdeu a motivação pelo projeto errado no meio do caminho, ao ver que as coisas não saíram conforme o planejado.

Você não precisa da permissão para realizar seu sonho. Se esteve esperando para abrir seu próprio negócio, pare de esperar e comece agora. E se precisar recomeçar, não tenha medo. Planos podem fugir dos trilhos, mas não é o fim do mundo. 

Tome cuidado com os conselhos indesejados. Quando abriu seu negócio, o autor ouviu todo tipo de palpite, variando de por que não daria certo a como deveria administrar as operações do dia a dia. Depois de muita pesquisa, ele já sabia bem o que queria e por onde caminhar. 

Algumas vezes, o melhor conselho é nenhum conselho. Se você souber o que precisa fazer, o próximo passo é simplesmente botar a mão na massa, parar de esperar e começar a agir.

Se não der certo, paciência. Recomeçar é a solução. Sem medo, sem vergonha. Faz parte da vida. 

Notas finais 

Um novo mundo profissional tem sido construído há algum tempo e vai sofrer ainda mais transformações. Nele, é muito mais fácil fazer dos sonhos uma realidade, colocar em prática projetos que ainda estão no papel e levar uma vida de mais qualidade. Nem é preciso pensar em ser grande a qualquer custo, basta entender qual seu lugar dentro do mercado e por onde começar. Com as lições aqui apresentadas, não será mais possível passar os dias reclamando do emprego atual. Se a mudança é necessária, passou da hora de botar a mão na massa. 

Dica do 12min

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Quem escreveu o livro?

Chris Guillebeau é um autor, blogueiro e palestrante americano. Sendo o responsável pela redação deste livro, ele é marcado pela iniciativa de trazer livros não convencionais, além de organizar a Cúpula Mundial de Domin... (Leia mais)

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